Redução jesuítica de Santo Inácio
Este livro trata da história da ocupação humana da região do rio Paranapanema onde foi implantada a Redução Jesuítica de Santo Inácio; apresenta as diversas pesquisas arqueológicas ali implementadas, e registra a organização do acervo do material arqueológico existente na prefeitura local proveniente da coleção deixada por um antigo morador local. Os vestígios da Redução Jesuítica de Santo Inácio foram redescobertos em meados do século XIX quando o governo do império resolveu instalar, no vale do rio Paranapanema, as Colônias Indígenas. Ali, em 1865, os engenheiros alemães Joseph e Franz Keller, relataram aspectos do que ainda podia ser visto no local. Informaram que o aldeamento "situava de 20 a 25 acima do nível do rio, e oferecia uma vista lindíssima e aprazível". Mediram os vestígios da antiga igreja jesuítica e calcularam ser de 20 metros de comprimento por 14 de largura situada de frente para o rio. Extinta a Colônia em 1878, o local novamente foi abandonado por quase 50 anos até que, em 1924, Manuel Firmino de Almeida, engenheiro civil, requereu e obteve do Governo do Estado do Paraná a concessão de uma gleba de terras no vale do Paranapanema onde fundou o povoado de Santo Inácio, denominação escolhida por Manuel Firmino, em homenagem a Redução Jesuítica de Santo Inácio do Ipaumbucu. Nas décadas de 1960 e 1970 iniciaram-se as primeiras pesquisas arqueológicas no vale do rio Paranapanema. Elas foram realizadas por professores do Museu Paranaense e da Universidade Federal do Paraná. Impulsionadas setor hidrelétrico do governo de São Paulo novas pesquisas foram realizadas nos anos de 1980 e 1990 pelo Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná. Essas pesquisas tiveram o financiamento da Companhia Energética de São Paulo (CESP), e partes do local onde situava a Redução e a Colônia foram impactados pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu. A partir de 2005 a Universidade Estadual de Maringá através do Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações — Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história, em parceria com Prefeitura Municipal de Santo Inácio e financiamento da Secretária de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná, reiniciaram as atividades de pesquisa e proteção da área da Redução.
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Redução jesuítica de Santo Inácio
Este livro trata da história da ocupação humana da região do rio Paranapanema onde foi implantada a Redução Jesuítica de Santo Inácio; apresenta as diversas pesquisas arqueológicas ali implementadas, e registra a organização do acervo do material arqueológico existente na prefeitura local proveniente da coleção deixada por um antigo morador local. Os vestígios da Redução Jesuítica de Santo Inácio foram redescobertos em meados do século XIX quando o governo do império resolveu instalar, no vale do rio Paranapanema, as Colônias Indígenas. Ali, em 1865, os engenheiros alemães Joseph e Franz Keller, relataram aspectos do que ainda podia ser visto no local. Informaram que o aldeamento "situava de 20 a 25 acima do nível do rio, e oferecia uma vista lindíssima e aprazível". Mediram os vestígios da antiga igreja jesuítica e calcularam ser de 20 metros de comprimento por 14 de largura situada de frente para o rio. Extinta a Colônia em 1878, o local novamente foi abandonado por quase 50 anos até que, em 1924, Manuel Firmino de Almeida, engenheiro civil, requereu e obteve do Governo do Estado do Paraná a concessão de uma gleba de terras no vale do Paranapanema onde fundou o povoado de Santo Inácio, denominação escolhida por Manuel Firmino, em homenagem a Redução Jesuítica de Santo Inácio do Ipaumbucu. Nas décadas de 1960 e 1970 iniciaram-se as primeiras pesquisas arqueológicas no vale do rio Paranapanema. Elas foram realizadas por professores do Museu Paranaense e da Universidade Federal do Paraná. Impulsionadas setor hidrelétrico do governo de São Paulo novas pesquisas foram realizadas nos anos de 1980 e 1990 pelo Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná. Essas pesquisas tiveram o financiamento da Companhia Energética de São Paulo (CESP), e partes do local onde situava a Redução e a Colônia foram impactados pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu. A partir de 2005 a Universidade Estadual de Maringá através do Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações — Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história, em parceria com Prefeitura Municipal de Santo Inácio e financiamento da Secretária de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná, reiniciaram as atividades de pesquisa e proteção da área da Redução.