A escritora por ela mesma
Um escritor vive de dúvidas. Sobretudo no modo de produção capitalista, onde a questão da utilidade impera.
Assim, além de escrever, reescrever, ler os mestres, ler os contemporâneos, criar conteúdos para as redes a fim de divulgar nosso trabalho, ficar atento a concursos etc etc, ainda perdemos tempo formulando e respondendo a pergunta do "pra que serve" e do "por que continuar escrevendo".
A resposta mais convincente que já me dei é que o romancista vai ao coração da realidade para descrevê-la quando a razão, as ciências, o intelecto ainda não estão prontos para fazê-lo. O romancista traduz mundos.