A escritora por ela mesma
Nasci em 1986, em São Paulo, e sempre fui apaixonada por livros. Sou mestre em Letras, e atua desde sempre em torno desse universo. Em meus textos, tendo a enfocar o mágico que existe no cotidiano e a pensar situações e sentimentos que muitas vezes ficam silenciados, pelos mais diversos motivos. Fui alfabetizada pela minha mãe antes de ir para a escola, a partir de contos de fadas e outros livros infantis. O livro, então, sempre foi um objeto muito presente no meu cotidiano, me levando da leitura para a escrita. Minhas escolhas - de curso de faculdade, de profissão, de círculos de amigos - foram sempre embasadas por esse gosto pelos livros e pela constante busca de estar próxima deles. Em 2009, no final da graduação em Letras, senti que precisava publicar um livro como encerramento daquele ciclo. Publiquei por conta própria uma novela por uma editora de pequenas tiragens. Depois disso, passei alguns anos apenas publicando textos em um blog, até que, em 2015, fui convidada para escrever crônicas para O Diário do Norte do Paraná. Nesse mesmo ano, comecei a trabalhar como professora temporária no curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá, trabalhando com disciplinas ligadas à Literatura. Na Universidade, abri uma oficina continuada de escrita para alunos que se interessassem por literatura, o que foi a origem do primeiro coletivo de escritores da cidade, o Coletivo Palavrão. Em 2017, reuni algumas de minhas crônicas publicadas em jornal em um livro, Efêmeras. Escrevi semanalmente para O Diário do Norte do Paraná até 2019, quando, devido a uma crise financeira, o jornal faliu. Nesse mesmo ano, publiquei a coletânea de contos A mulher que ri, pela Editora Patuá. Publiquei também em uma revista virtual, a Revista Maria do Ingá, idealizada por mim para reunir textos de escritores e escritoras de Maringá-PR e região. Minha preferência por textos curtos, retratando experiências cotidianas, se relaciona também à minha percepção de que há profundidades dentro de cada instante - basta que nos permitamos observar. Atualmente, estou gerente do Livro, Leitura e Literatura na Secretaria de Cultura da Prefeitura de Maringá e trabalho também com preparação/revisão de textos ficcionais e não ficcionais. Acredito que, depois que o bicho literário pica, não tem mais como reverter a febre. O jeito é deixar queimar.