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Fragmentos

Igualdade e dependência

(Vida lida)

 

Um grão de areia é belo

Quando dele analisamos a procedência.

Tanto as estrelas em sua vinda

sempre juntos, iguais,

sozinhas, não teriam valor tenaz.

 

A folha seca, foi verde e árvore:

acabou-se a nogueira.

Combinaram harmoniosamente

entrelaçando-se no final, no inverno,

aos galhos úmidos em plena alforria.

 

De água, o fogo que queima

precisa dela para cessar,

a abelha da flor necessita,

para o mel prover, sugar.

O sol espera a lua para repousar.

 

O mundo é corrente farta.

Casa elo a depender.

O ser humano reluta em brilhar,

almejando mais destaque no universo.

Porém será sempre um elo, nada mais.

 

Faça-se a música

(Vida lida)

 

Suave, melodia, agitada,

envolva-se em sonhos.

Transporte-me à terra prometida.

Quero a alegria do coração.

Quero acalmar as tempestades do interno vulcão.

 

Música que transmite paz.

Preciso sentir-me,

olhar-me por dentro.

Chorar meus lamentos,

acordar-me em cores e ações

 

ao som melodioso e poético,

nos acordes de piano ou violino.

Na voz do trovador me transporto

em direções diversas de sentimentos.

 

Conforme o ritmo, encontro em mim

todos os pedações do vivido.

Alegre, triste, inconseqüente,

mas sempre dançando em feliz idade.

 

Faça-se a música

inda chorosa do bandolim,

agitada da guitarra.

Enquanto houver música,

florirei vida e sonhos em risos.

 

Reflexos de uma vida

(Mulheres escrevem)

 

Da janela nada é novidade.

Busco a imagem que reflete no espelho,

de cristalinos raios da lua,

nestes cabelos nevados do tempo.

 

Os anos na minha imagem,

escreveram seu diário nas rugas.

Minha mente por vezes embaçada,

brilha nos olhos energias tão puras.

 

Essa aparência que é prova,

de não resofrer tristezas,

relembrando somente alegrias,

envelhecendo em total harmonia.

 

Abençôo esse outono aparente,

como estrelas nas noites escuras,

vencedor das surpresas juvenis,

purificando uma mente feliz.

 

Lamentável os homens das ciências,

não descobrirem um espelho para a alma,

desvendariam que os anos são contraditórios

com um íntimo jovem e bem mais sábio.

 

Faça-se a música

(Vida lida)

 

Suave, melodiosa, agitada,

envolva-me em sonhos.

Transporte-me à terra prometida.

Quero a alegria do coração.

Quero acalmar as tempestades do interno vulcão.

 

Música que transmite paz.

Preciso sentir-me,

olhar-me por dentro.

Chorar meus lamentos,

acordar-me em cores e ações

 

ao som melodioso e poético,

nos acordes de piano ou violino.

Na voz do trovador me transporto

em direções diversas de sentimentos.

 

Conforme o ritmo, encontro em mim

todos os pedações do violino.

Alegre, triste, incosequente,

mas sempre dançando em feliz idade.

 

Faça-se a música

inda chorosa do bandolim,

agitada da guitarra.

Enquanto houver música,

florirei vida e sonhos em risos.

 

Igualdade e dependência

(Vida lida)

 

Um grão de areia é belo

Quando dele analisamos a procedência.

Tanto as estralas em sua vinda

Sempre juntos, iguais,

Sozinhas, não teriam valor tenaz.

 

A folha seca, foi verde e árvore:

acabou-se a nogueira.

Combinaram harmoniosamente

entrelaçando-se no final, no inverno,

aos galhos úmidos em plena alforria.

 

Da água, o fogo que queima

precisa dela para cessar,

a abelha da flor necessita,

para o mel prover, sugar.

O sol espera a lua para repousar.

 

O mundo é corrente farta.

Cada elo a depender.

O ser humano reluta em brilhar,

almejando mais destaque no universo.

Porém será sempre um elo, nada mais.    

 

Só um dia

(Vida lida)

 

Chega de tristezas!

Hoje eu quero brilhar

Ouvir músicas, cantar.

Viver feliz e amar.

 

Cabelos soltos ao vento,

Conversar, passear, vibrar,

Vestir com elegância e esmero

Como um sol quente raiar.

 

Linda, hoje é meu nome,

Divertida é minha simpatia,

Falar apenas banalidades,

Sem preocupações com a vida.

 

Que assim, um dia por ano,

Seja meu sem covardia.

Nada me abala nem descontenta.

O céu, o mar, enfim a terra,

É por mim que o mundo gira.

 

Egoísmo meu

(Vida lida)

 

Não sei o que é solitude.

Convívio diário e ardente?

Então por que essa desventura

De sentir-me sempre ausente,

 

Vergôntea é minha vida,

Tão frágil, meus pensamentos,

Alma gêmea não encontro,

Para que tanto sofrimento?

 

Essa interna insatisfação comigo,

Sem brandir minhas emoções,

Ausência de amor na existência,

Na falta da luta e louvor.

 

Nesta temperança no coração,

Sem alicerce para o amor,

Qual injusta estarei sendo?

Não me importando com o que é dor.